Os pais e amigos que esperavam os estudantes estavam cheios de expectativa e sentimento de orgulho, balões e cartazes traziam alegria ao portão do Colégio Batista Mineiro. Quanto mais o ônibus com os discentes se atrasava, mais a emoção exalava. Quem observava os pais, sabia que a saudade se misturava com a satisfação. Prova disso era o médico, José Augusto de Freitas, pai da Maria Alice Gusmão (13), atleta do time de futsal feminino do Batista e medalhista de ouro na série Bronze do JEB. “A cada vitória, a cada resultado positivo, mesmo nas derrotas, a gente sentiu que o grupo está ficando cada vez mais unido e caminhando em direção a algo maior do que o próprio futsal. Estamos muito felizes por acompanhar cada passo da Maria Alice”, informa.
Família da Maria Alice Gusmão. Foto: Lívia Almeida
Após uma semana fora, os estudantes do Batista chegaram com um sorriso no rosto depois de competir nos Jogos Escolares Brasileiros. O campeonato, iniciado no dia 29 de outubro e finalizado nessa última quinta-feira (4 de novembro), proporcionou diversas sensações às equipes presentes. Mas um dos sentimentos mais fortes (se não o mais intenso) no retorno às competições após o período de pandemia foi a satisfação, segundo o treinador da equipe de basquete, Rainer Alberto. “É a felicidade do recomeço. Era nítido ver na cara dos meninos, muitos deles não se preocuparam em perder ou ganhar. Claro que todos queriam vencer, mas o fato de voltarmos à competição e interagirmos com equipes de outros estados trouxe uma festa linda à disputa”, cita.
Os estudantes tiveram um saldo pós-período pandêmico satisfatório. Muitos tiveram um mês para treinar, com uma preparação intensa em um curto período. Para o treinador de basquete, foi necessário montar novamente uma equipe. “Foi tudo muito rápido, entre o período de inscrição e a montagem da equipe. Conseguimos montar um time em menos de 24 horas. Devido à pandemia, muitos estudantes não retornaram aos estudos presencialmente e, assim que montamos o time, começamos a treinar intensamente”, explica Rainer.
Estudante Hanna Aguiar e sua família. Foto: Lívia Almeida
O resultado dos jogos realizados deixou o time de basquete sub-14 com a medalha de prata e trouxe um gostinho de conquista para o jogador André Linhares Machado (12). “Estou muito orgulhoso dos jogos que disputamos”, menciona. O sentimento de orgulho também estava no olhar da Hanna Aguiar (12), goleira do time de handebol feminino do Colégio Batista Mineiro “Foi muito boa essa experiência. Não ganhamos a medalha, mas o campeonato trouxe crescimento e evolução para a equipe esportiva”, afirma. Mesmo sem medalha, Hanna se sentia realizada, não só pelo retorno do campeonato, mas pelo apoio constante da família. “Ligávamos e torcíamos juntos pela Hanna. Queríamos estar juntos, mesmo longe”, descreve Sarah Aguiar, irmã da goleira do time de handebol.
Giovana Vilaça, 14, também jogadora do time de handebol feminino, exprimiu o entusiasmo de viajar para competir e estar com as amigas. “Para mim, foi uma das melhores experiências da vida poder ir para o Rio de Janeiro competir, acompanhada das minhas amigas e com o nosso técnico, que treinou a gente por muito tempo. Ter a oportunidade de ter contato com outras equipes de outros estados e ainda poder competir foi sensacional. Mesmo a gente não tendo ganhado a competição, a oportunidade e as experiências foram únicas”.
Vamos aos resultados das modalidades coletivas (4/11)
BASQUETE MASCULINO
Colégio Batista Mineiro 56 X 58 Mato Grosso do Sul
(medalha de prata na Série Prata)
FUTSAL FEMININO
Colégio Batista Mineiro 4 X 0 Bahia
(medalha de ouro na Série Bronze)
HANDEBOL FEMININO
Colégio Batista Mineiro 14 X 8 Paraíba
(7ª colocação da Série Prata)
Fonte: Federação de Esportes Estudantis de Minas Gerais